Uma clinera de algodão desta minha pelagem Ruana
Placenta, areia e grama, depois, corpo cambaleando
De a pouco, fui me firmando, cabeceando um ubre cheio
Pra, depois, ser pataleio e outras horas retoçando
Cortei o vento com a cara correteando no varzedo
Corri penca com a cadente pra saber o mais ligeiro
Quando vi, não era potrilho, era potro de ano e meio
E percebi que andava perto o peso bruto do arreio
A corda juntou meus cascos entre a poeira da mangueira
E minha alma matreira se atorou num tombo só
Aqui nestes cafundós é bocal, garra e chilenas
Não se sabe o que é ter pena, não se sabe o que é ter dó
Aqui nestes cafundós é bocal, garra e chilenas
Não se sabe o que é ter pena, não se sabe o que é ter dó
Potrilho, potro e pingaço, de primeira cambaleando
Depois, me fui correteando, com o vento, enredei a clinera
Senti a fúria das chilenas que me charquearam a puaço
Nesta luta, braço a braço, ressonava a cantilena
Se laçam, fico cinchando, se frouxam a rédea, troteio
Se gritam um, êra, boi! Ando junto com o ponteiro
Se cruzam a talha pra conta, sou eu que conto primeiro
E, atado frente ao bolicho, relincho e sacudo o arreio
Se laçam, fico cinchando, se frouxam a rédea, troteio
Se gritam um, êra, boi! Ando junto com o ponteiro
Se cruzam a talha pra conta, sou eu que conto primeiro
E, atado frente ao bolicho, relincho e sacudo o arreio
E, atado frente ao bolicho, relincho e sacudo o arreio