Quando da brisa no açoite a flor da noite se acurvou
Fui encontrar com a Maróca meu amor
Eu senti na alma um golpe duro
Quando ao muro já no escuro
Meu olhar andou buscando a cara dela e não achou
Minha viola gemeu, meu coração estremeceu
Minha viola quebrou, meu corção me deixou
Minha Maróca resolveu prá gosto seu me abandonar
Porque o fadista nunca sabe trabalhar
Isso é besteira pois da flor
Que brilha e cheira a noite inteira
Vem depois a fruta que da gosto de saborear...
Minha viola gemeu...
Por causa dela sou um rapaz muito capaz de trabalhar
E todos dias todas noite capinar
Eu sei carpi porque minha alma está arada e loteada
Capinada com as foiçadas desta luz do seu olhar
Minha viola gemeu...