Eu também quero ser índio
Pra bater o meu tambor ôôô
A alma da mata no meu coração
Meu tuiuti vai fazer a revelação
Velas ao mar
Um paraíso nos espera
Um novo mundo, uma quimera
O eldorado a procurar
Então, o aventureiro ouviu o canto da sereia
A fúria da aldeia
É resistência contra a invasão
Da expedição, vão o levar
Tupinambás em ritual
Inferno verde, a força vital
Pra combater os goitacás
Tupiniquins, portugueses e carajás
Devora minh'alma, agora
Levanta pra guerra, é hora
Para a fome de vingança, a chama corrente
É olho por olho e dente por dente
No cativeiro, ele viu
O índio mostrando a sua raiz
A caça e a pesca, o canto e a reza
As luzes da floresta em matiz
E assim, quando conseguiu fugir
Sua história fez surgir uma ideologia
Um sentimento de liberdade
Recriando a arte para um novo dia
Ô curumim, a vitória vai chegar
Chama cunhatã, que eu vou contar
Composição: Thiago Meiners / Leandro Kfé / Junior Santana / Rafael Tubino