(bruto)
Velho brejo socado, onde o ego fala alto
Passa carro, faz buraco e sobe neblina
Homem bom era o batman, bate, mas se acha mais
Portando a porra de um coringa?
Não adianta ter ginga
Se não consegue se esquivar
De uma munição cuspida
Na cidade do amor falta amor
Então ame, não é gotan city
Mas o céu chora sangue
Eu não quero bang bang
Eu quero bumbo e clap, pra fazer rap
E me manter no mesmo cep
O sabio sabe, mas age como quem não sabia
Que os que só falam e não agem
Se venderiam
Aqui o clima é tenso
Dita as regras o mais cabuloso
Que se engrandece com a porra de um baba ovo
Que já vem babando... "e ai, dedo nervoso! "
Só é refresco enquanto for no olho dos outros
(raiteck)
Não me deram nem um bom dia, nem um bom dia
Não me deram nem um bom dia, nem um bom dia
Nem um bom dia, não me deram nem um bom dia
Nem um bom dia, porra!
E já chegaram metendo a mão no meu bolso
tá preocupado comigo? não pode
Quanta coisa errada envolta
Esse revolver na minha cara
É o motivo da minha revolta
Entre cédulas, cifrões em nota
Racional que eu sou, sem pérola
Tô pra jogar lavagem pra essas porcas
Realidade falsa, acumulando vitimas
Fantasmas, meu rap vira crime
Pra cidade maquiada
Hoje o velho brejo acorda com um tapa na cara
O reino da mediocridade é a metade da migalha
Na mão desses canalhas, cada um ganha um pouquinho
Pra nós nada de nada, introspectivo assim
A meritocracia me quer sem perspectiva
E o sensacionalismo me vê como estatistica
No exame de balistica, a corp passa batida
Teatro... não passa de um acaso pra politica
Pra mim não serve palha, então quero saber
Se eu for buscar la braba
Pra quem fica la plata?
(refrão)
O bagulho não é bolinho
Belford roxo não é só amor
Céu vermelho
Essa semana mataram um matador
(raiteck)
Tchabalala, me disseram que tu é uma praga
Pegou ajuda com um judas
Que te botou numa furada
Por quase nada deu rolezada de barca
Fez faculdade: turismo
E conheceu toda a baixada
(tchaba)
É ritmo demais, tem coisa demais
Geral aqui quer mais
Como num andar
Eu vou com um pé na frente e outro atrás
É um querendo ser melhor do que o outro
Bebe perfume só pra peidar mais cheiroso
tá tipo o game do
Manda quem pode, eu mando num fode
Você faz o que pode
E o que não pode
Rico ou pobre, ouro ou cobre
Com que cê se encobre?
O tempo descobre e você descobre
Que nada é tudo, tudo é nada
E aqui nego se engole
Dando um rolé pelas ruas de lazer
Vizinhança é igual imprensa
Inventam e falam merda sem saber
Mas os que me conhecem de verdade
Dão respeito dão conceito
Pra eu andar nessa cidade a vontade
(god-e)
94 Nasce o cria que não é criado
Vigiado no zoom, no eu? sem terror nenhum!
Mas atividade não é medo
Meio ao pânico o sossego
Não sou cego meio a tiroteio
Presa fácil na selva vira banquete rápido
Aqui se faz, aqui se paga
Todos são cobrados
De tempo meu templo culto observa tudo
Onde a carne se manifesta tem urubu na busca
Alternando as rotas por ai
Bolando um plano
Pra que não seja precoce meu fim
Vivendo e aprendendo da melhor forma
Pra não virar lenda
A resposta é não servir de escória
Sigo sem armadilha, sem perigo
Não sou santo, muito menos tenho juízo
Nem sempre o vento sopra do lado justo
Sigo na procura de luz nessa cidade escura
(refrão)
O bagulho não é bolinho
Belford roxo não é só amor
Céu vermelho
Essa semana mataram um matador