Me diz como se sente
Quando eu te abraço
Te arrepia o laço
Intuído o halo invisível de nós
Me diz se a certeza, de que duraria
Para eternidade, inexplicavelmente
A nossa companhia
Ou só até o final da tarde
Quem sabe
Eu procurei mas não encontrei chão, caio
Rastejando na sua direção, tão frágil
Eu preciso que se entregue
Em boa ação ou falho, em me entregar
Me diz você conseguiria?
Sem medo um dia se entregar
Pro que se dúvida
Dê uma chance a vida, tem fé
Eu acho graça tudo passa só você não
Eu acho graça tudo passa só você não
Eu acho graça você não acha não
Graça ou desgraça tudo de graça
Cê ainda não mais
Pelas madrugadas, pela zombaria
Pelo nosso cheiro
Pela minha língua na tua língua
Tentando te comunicar, o selvagem
Achei que era amor, dancei
O chão foi o meu colchão
O diabo amassou o pão, papei
Não sem satisfação, que otário
Eu receberia as piores
Notícias dos seus lindos lábios
A cidade amiga clama pela nossa cama unida
Prum dia a gente se entregar
Me diz você conseguiria
Sem medo um dia se entregar?
Pro que se dúvida
Dê uma chance a vida
Eu vou te dar a pista eu te devoraria
Eu te devoraria
Eu te devoraria, ria, ria
Até o fim da vida ou só até às seis da matina
E o que preferiria?
E quem você preferiria?
Sem medo um dia se entregar
Com rações de violência
Não teremos mais seus dentes à mostra
Eu falo de um homem que dirá adeus as cidades
E penetrará num rio com vegetais
Vermelhos em busca da felicidade
Com uma provisão de mistério em cada lábio
Achei que era amor, dancei
O chão, foi o meu colchão
Eu receberia as piores, piores
Eu receberia as piores
Notícias dos seus lindos lábios
O que você preferiria?
O que você escolheria?
Sem medo um dia se entregar
Pro que se duvida
Sem medo um dia se entregar