Neste chão onde eu me criei
Com calos nas mãos, sofri, colhi e plantei
E nesta estrada jorrei muito pranto e suor
Sem nunca perder a esperança de uma vida melhor
Burro d água era o ganha pão
A peleja do povo de cá do sertão
Lata d água na cabeça vovó
Sem nunca perder a esperança de uma vida melhor
Mas na cidade a vida é bem diferente
Enfrentei com valentia tudo que vi pela frente
De dia marmita, a noite sanfona, gogó
Sem nunca perder a esperança de uma vida melhor
Um dia eu volto pras coisa que lá deixei
Quero colher os bons frutos pois foram eles que plantei
Eu já fui maltratado, tratado de mal a pior
Mas nunca perdi a esperança de uma vida melhor