O rodeio estava parado na costa do pinheiral
Cheguei levantando freio no lombo do meu bagual
Ouvi um estouro de gado, rangir de basto e arreio
Gritou a peonada toda estorou nosso rodeio
Desapresilhei meu laço da garupa do bagual
Atirei no meio da tropa correndo no macegal
Eu vi cerrar certinho uma armada bem parelha
Senti o laço na guampa bem ao redor da orelha
Estouro de rodeio
Estouro de rodeio
Quem nunca viu este bicho
Pode crer que é bicho feio
Quando estoura o rodeio faz um tendel lá no pampa
É força bruta exposta nem entre choque de guampa
É laço cortando espaço na armanda de um campeiro
É velho pago criolo na alma chucra do tropeiro
Depois de reunir a tropa desencilhei na ramada
Enrodilhei o meu çaço, fui matear com a peonada
Servi o verde chimarrão charlando sobre a lida
Depois de pingo encilhado segui com a tropa estendida.
Composição: Ademir Seisert de Melo/ Ivacir Soares