Tenho alma de vento entre campo e distancia
E paisagens de estâncias no meu estradear
Guardo nos olhos imagens pampeanas
E uma sina aragana me põe andeja
Penso caminho no lombo do mouro
Pingaço de estouro que serve ao arreio
Entre sol e lua jamais perco o tino
Planejo destino enquanto mateio.
Quem traz nazarenas gastas de estradas
E a vida sovada de basto e de pampa
Sabe bem que é preciso tenencia
Pra manter a essência monarca na estampa
Vou floreando os meus dias changueando o sustento
E assim tento a esperança é trançada
Que o sangue crioulo me pulsa nas veias
Garante a peleia na rude jornada
Talvez no futuro eu amanse meus dias
No encanto e magia de uma flor do rincão
E minha sina se faça serena
Aliviando as penas do meu coração
Quem traz nazarenas gastas de estradas
E a vida sovada de basto e de pampa
Sabe bem que é preciso tenencia
Pra manter a essência monarca na estampa