Foi na pata do cavalo, que alargamos a fronteira
Fazendo vir até nós, a cultura missioneira
E o progresso transportado, na carreta rangedeira
Que abriu novos caminhos, na terra sul brasilera
Era pata de cavalo, era roda de carreta
Era ronco de o cordeona, e chio de chaleira preta
E no meu pago nativo, de campos e manaciais
Ficou rastros de saudade, herança dos ancestrais
Marcando com sulcos fundos, os velhos campos neutrais
Que foram poso e morada, de meus avós e meus pais
De combates e de guerras, foram feitas trajetórias
Uns tombaram em campo aberto
outros voltaram com glórias
Coberto de cicatrizes, pelas lutas e vitórias
Poesia, sangue e versos, fazem rastros da história