Eu tenho muito medo
Que um dia, talvez breve
As matas e florestas
Já cansadas façam greve
Aí, pobre da gente
Que não vive sem ar puro
O que será da gente no futuro
Eu quero parta mim
Um mundo assim, verdinho em folha
Que a gente plante
E que a gente mesmo colha
Que o sol a entardecer
Seja poesia no poente
Que as águas dos riachos
Sejam sempre transparentes
Penso,
Vivo, logo existo
Quero e insisto
Em dizer que ainda é tempo
De plantar nosso jardim
Que seja assim sol,
Chuva e natureza
Sonhos e certezas
Que esse medo seja enfim
Somente coisa de criança