Se usa uma faca na cintura meu amigo
Não é por maldade é tradição da gauchada
Este é o meu jeito vou lhe explicar o motivo
Por isso vivo de boina tapeada
Trago a essência do rio grande do xucrismo e bombachado
Andando a do largo emponchando a imensidão
Exalto a minha Querência com bravura e atavismo
Expresso campeirismo do meu chão
Trago a verdade nos meus atos nos usos e dos costume
Lumiar dos vagalumes numa noite de verão
O Sol vem alombrando revoar da passarada
Esperta novo dia no rincão
Cavalos pastam livre pelos campos e prechilhas
Cheiro de massanilhas perfumando meu torrão
Eu faço reverência e pujança perpetua
Com a cuia na palma da minha mão
Rodeio campo afora marcação e genetiada
Manha branca de geada uma proza no galpão
São coisas do passado do gaucho não esquece
Revive e enaltece a tradição