Somentes os escolhidos receberão a glória
A vitória pra os que fizeram a história
E não deixaram se iludir com o sistema
Que só mata explora e traz problema
Produziram os seus próprios artesanatos
Não ficaram ricos, mas no futuro serão notados
Por quê a felicidade não é só o dinheiro
E sim identidade de verdade com os parceiros
A vida lá fora é dura e ensina
Que não é por acaso que tem chacina
Renato Vital
Só mais um pobre louco
Com os manos de atitude, jogando o jogo
Sem roubar nem matar no mundo hóstil
Escrever, compor, cantar e no cinema a mil
È essa a periferia se posicionando
Pra evitar que os irmão se matem sonhando
Com um mundo de armas, dinheiro, e roupa fina
E assim acabar, no camburão da polícia
Ou então enterrado como indigente
Pobre se matando, é triste mas não comovente
Por quê o governo quer desse jeito
Recolher impostos e não ver nada direito
Que a minha fórmua siga a minha dica
Mas educação, saúde e moradia
Praticam a hipocrisia, me impedem de falar
Que se a vaca tá rica, alguma coisa tá errada
Sei lá até de repente se sente
Segreção e Aphartaid é coisa da nossa gente
Vire as costa pra burguesia e faça por si mesmo
O que eles querem apenas pros filhinhos nojentos
Refrão (2x)
Não deu pra entender, explico pra você
Literatura e arte é a saída pode crê
Não gosta de ler, odeia cultura
Não quero comprar seu presente na floricultura
São Paulo a capital que fabrica monstro
Desde assaltante sanguinário até político porco
Um tá na favela sem estudo nem instrução
Outro cursou faculdade e rouba com a caneta na mão
Você não é pobre, apenas não tem as coisas
Que a madame compra com o cheque que desconta na
conta
Do patrão corno filho da puta
Que gasta seu lucro, com putas na rua
Que fala, que goza, que humilha a empregada
Que dorme num quarto que cabe sua cama e mais nada
Enquanto isso o boyzinho na academia
E frequenta a favela só pra cheirar cocaina
É esse o exemplo que você quer pra você
Tomar balinha a patricinha se empolgando da pra ver
Dentro das faculdades, quase não vejo negros
Dentro dos presídios, tem muitos e tá cheio
E o governo tentando destinar as cotas
O que esbarra é os boy que não aguenta e não apóia
Talvez seja difícil ter que aturar
Negros bravos inteligentes, querendo estudar
Por isso a favela tem que se unir
Não esperar pelo governo e começar a agir
Com música teatro e lazer
Somos capazes de tudo isso sem a porra da tv
Alias sem mais, só quero falar
LITERATURA MARGINAL invadiu pra representar
Não perca seu tempo e venha pra cá
Pra juntos toda a periferia revolucionar
Welton tem a solução basta você seguir
Todos com livros nas mãos, tá na hora de invadir
Refrão (2x)
Não deu pra entender, explico pra você
Literatura e arte é a saída pode crê
Não gosta de ler, odeia cultura
Não quero comprar seu presente na floricultura