Na volta daquela estrada
perto de uma encruzilhada
Há uma cruz abandonada
Lembra a morte de um rapaz
que há muito tempo atrás
foi um grande boiadeiro
Caboclo bão destemino
na viola dolorido
querido dos companheiros
Durante uma discussão
um sujeito valentão
matou o Chico Mineiro
Refrão
Deixei de ser boiadeiro
por este chão brasileiro
Um tiro calou o sertão
matando o meu irmão
meu amigo e companheiro
Como dói meu coração
quando vejo no estradão
o passar de uma boiada
Lembro de nós dois na estrada
enfrentando a jornada
e desbravando o sertão
Até hoje ainda me lembro
Das conversas e momentos
quando tudo aconteceu
Todo mundo divertindo
lá na festa do Divino
quando um tiro se rompeu
Refrão
Deixei de ser boiadeiro
por este chão brasileiro
Um tiro calou o sertão
matando o meu irmão
meu amigo e companheiro
Hoje em meio a saudade
não sinto a felicidade
tudo se entristeceu
Não ouço mais o berrante
o sorriso em seu semblante
a viola emudeceu
Tenho fé que muito em breve
Deus atenda minha prece
E vamos nos encontrar
E a viola vai chorar
Seu berrante repicar
Vendo a boiada passar
Refrão
Deixei de ser boiadeiro
por este chão brasileiro
Um tiro calou o sertão
matando o meu irmão
meu amigo e companheiro