Máximo respeito à representação do primeiro humano vivente
Se veja preciosa novamente
Mulher Original Preta
Que não veio da costela de Adão
Mas o homem é quem foi gerado
No teu sagrado ventre
Os nossos antepassados que te honraram sempre
Oh Mama África
Verdadeira mãe da criação
Respeito, Dignidade e Valor
Compõem tua coroa gloriosa
Eu sinto a divindade no teu ser
Tua essência de rainha
Queen Ômega Virtuosa
Mulher Preta
Fyah Mama
Eu lembro de você quando criança
Humilhante pobreza e dura infância
Imaginando ser a bonequinha branca
Incerteza, futuro sem esperança
O poder dessa imagem na tua construção
Identidade contraditória, estigmatização
Passou de um lugar sagrado de autonomia e poder
Para um corpo erotizado desumano pra vender
Moldando assim teu pensamento
Tua origem caiu no esquecimento
Aos pouco degradando teu espírito
Agora é tempo de ascender desse declínio
Retorne ao trono de Auset pois és a lider do clã
Família africana, matriarca guardiã
O poder dos ancestrais reflete no teu olhar
O Sol reluz tua melanina te fazendo radiar
O sorriso é adorável como o vale do Hapi
Terra fértil o teu ventre de onde a vida vem fluir
Candace, Imperatriz Menen ou Rainha de Sabá
Hatshepsut, Nyahbhing Mama
Mulher Preta
Fyah Mama
Que esqueceu tua história
Pois apagou-se tua memória após quinhentos anos de escravidão, colonialismo e submissão
Mas o que é uma mancha branca de quinhentos anos Mulher Preta
Se comparada a tua história milenar que remonta a origem da humanidade?
O teu papel protagonista de centralidade na África Ancestral
Máximo respeito à representação do primeiro humano vivente
Se veja preciosa novamente
Mulher Original Preta
Que não veio da costela de Adão
Mas o homem é quem foi gerado
No teu sagrado ventre
Os nossos antepassados que te honraram sempre
Oh Mama África
Verdadeira mãe da criação
Respeito, Dignidade e Valor
Compõem tua coroa gloriosa
Eu sinto a divindade no teu ser
Tua essência de rainha
Queen Ômega Virtuosa