A minha vila chegou
Ouça essa voz
A pele arrepia ao som da batida…
Força dos meus ancestrais
Herança que fez ressoar o rufar do tambor
Pra gente dançar assim, feliz
Maracas encontram tamborins
O reggae celebra mensagens de paz
Oh minha flor, quero você em meus braços
Bailando no mesmo compasso
Um tango de drama e amor
Vila
“azul” que dá o tom à minha vida
Um “sopro” de esperança na avenida
Eu faço um pedido em oração
Ouvi-la pra sempre no meu coração
Um solo de guitarra a embalar
“soul” a mais perfeita forma de expressar
Eu vou, eu vou… onde fez raiz a tradição nagô
Eu vou, eu vou, foi
O povo do samba quem me chamou
Ginga no lundu, (morena)
Negro é o rei (é o rei)
Toque de ijexá, (afoxé)
Pra “purificar” (minha fé)
Gira baiana, deixa a lágrima rolar
Quando no terreiro novamente ecoar
Ôô, kizomba é a vila
Firma o batuque no som da cor
Valeu zumbi, a lua no céu
É a mesma de Luanda e da Vila Isabel