Eu sou como aquela folha
Que o vento vai soprando, pairando no ar
Sou obra da mãe natureza
Sou guardião das matas e desta fonte a cantar
Oh! Minha Fonte Grande
És a rainha da minha inspiração
Quisera rejuvenescer, voltar a ser criança
E em suas matas me embrenhar
Brincar com a passarada
Colher lírios e rosas pra minha amada ofertar
Se recordar é viver, viverei
Minha fonte em suas águas banharei
Vou me banhar, com meu amor vou me banhar
Na fonte dos inocentes, corpo nu, pleno luar
Como é belo relembrar, as lavadeiras nas fontes a cantar
As pastinhas e o chuveiro de prata
Na avenida em forma de cascata
O toque da alvorada, que transforma o morro em alegria
As festas de Lapinha e a Congada
Que só findavam ao romper do dia
Vem, Lua Airosa, iluminar meu coração
Piedade vem bonita e orgulhosa
Emocionando toda multidão
Mostrando que tem muitas histórias pra contar
Vejam a Euforia destes bambas
Reluzindo a avenida com as coisas
Deste morro onde mora o samba
Amarra o burro, bota o chapéu de lado
Deixa cair, que o samba hoje é coroado