O negro lá na África era um rei
Foi artesão, foi caçador
Guerreiro, feiticeiro, camponês
Exímio dançador
Tinha sua própria lei
E a liberdade sem favor
Dono dos ouros, das pratas
Dos rios, das matas
O Rei senhor ô ô ô (bis)
Um dia chegou o branco invasor
De armas nas mãos, brutais e cruéis
Sangue pelo chão, correntes nos pés
Vinham das galés, lamentos de dor
Mas da escravidão surgiu
Zumbi que foi o rei libertador
O tempo passou
E a raça no Brasil tem uma nova cor
O samba vingou
E o negro no Brasil tornou-se o Rei Nagô
(refrão)
Morena de angola, me faz cafuné
Mulato frajola de lá da Guiné
Que deita e que rola
Na ponta do pé
Veio dentro de gaiola
Transformou-se em quilombola
Veja agora o que ele é
Rei do carnaval da escola
Rei das artes, rei da bola
E a rainha mãe quelé