Lá pelas matas Juremá
São caminhos de Rudá, divino senhor
É flecha certeira no peito
Anahi, um sentimento que Monã me entregou
Ressoa em mim, supremo dom em cada alvorecer
O som da paz compõe o meu viver
No coração da aldeia sonha um curumim
Guaracy iluminou lendas que o tempo ensinou
O erro e a dor são o destino
De quem foge do amor
Numiá, arapiá
A sede do poder que cega o olhar
Oh Deus Tupã, em seu afã
Vê na sete deusas, toda forma de amar
Quando a luz do dia no Yby se apagou
A noite, um mistério de Guarandirô
Boiuna lança a jovem pro abismo da saudade
Abaeté, meu nome é coragem
Levado em um sopro de esperança
Desafia a solidão da eternidade
No meu silêncio vejo o caos, destruição
Os Karaíbas sangrando esse chão
Mas do meu pranto renasce o amanhã
Despertando nos braços de Cunhã
Ecoa na aldeia, um canto Parajá
Em Tom Maior, bate o meu mangará
É Aysú quando vejo o seu sorriso
Ybimarã, meu sonhado paraíso