Contam… que o governante de um país
Dançava as noites tão feliz
E brincava mascarado
Do zum zum do carnaval
Bailou… como o astro-rei de um poema
Ao final da cena
Houve aclamação geral
O sol… a partir desse tal dia
Ganhou a honraria de símbolo real
Daí então o ministro do tesouro
Ergueu a peso de ouro
Um palacete e convidou
O soberano que encantou-se nos jardins
Com a beleza se mirando nas águas do chafariz
Foi assim que descobriu nessa festança
Que havia comilança em sua pátria mãe gentil
Chega ao fim tanta cobiça
Quem levou não leva mais
Majestade da justiça
Palavra de rei não volta atrás
Usando a mesma régua e o mesmo traço
Construiu-se outro palácio
De imponência sem igual
Ecoam pelos ares de versalhes
Os acordes de um baile suntuoso e triunfal
A coroa do sol vem me coroar
Alumiou, deixa alumiar
Que hoje o rei sou eu
Brilhando com a ginga que o samba me deu