Clamei aos céus
A chama da maldade apagou
E num dilúvio a terra ele banhou
Lavando as mazelas com perdão
Fim da escuridão
Já não existe a ira de Monã
No ventre há vida, novo amanhã
Irim Magé já pode ser feliz
Transforma a dor
Na alegria de poder mudar o mundo
Mairamuana tem a chave do futuro
Pra nossa tribo lutar e cantar
Auê, auê, a voz da mata, okê, okê arô
Se Guanabara é resistência
O índio é arco, é flecha, é essência
Ao proteger karioka
Reúno a maloca na beira da rede
Cauim pra festejar… purificar
Borduna, tacape e ajaré
Índio pede paz mas é de guerra
Nossa aldeia é sem partido ou facção
Não tem “bispo”, nem se curva a “capitão”
Quando a vida nos ensina
Não devemos mais errar
Com a ira de Monã
Aprendi a respeitar a natureza, o bem viver
Pro imenso azul do céu
Nunca mais escurecer
Índio é tupinambá
Índio tem alma guerreira
Hoje meu Guajupiá é Madureira
Voa Águia na floresta
Salve o Samba, salve ela
Índio é dono desse chão
Índio é filho da Portela