Lá vai, menina
Lata d'água na cabeça
Vencer a dor que esse mundo é todo seu
Onde a “água santa” foi saliva
Pra curar toda ferida que a história escreveu
É sua voz que amordaça a opressão
Que embala o irmão
Para a preta não chorar
Se a vida é uma “Aquarela”
Vi em ti a cor mais bela
Pelos palcos a brilhar
É hora de acender no peito a inspiração
Sei que é preciso lutar
Com as armas de uma canção
A gente tem que acordar
Da “lama” nasce o amor
Quebrar as “agulhas” que vestem a dor
Brasil, enfrenta o mal que te consome
Que os filhos do planeta fome
Não percam a esperança em seu cantar
Ó, nega, “sou eu que te falo em nome daquela”
Da batida mais quente, o som da favela
É resistência em nosso chão
“Se acaso você chegar” com a mensagem do bem
O mundo vai despertar, deusa da Vila Vintém
Eis a estrela…
Meu povo esperou tanto pra revê-la
Laroyê ê Mojubá… liberdade
Abre os caminhos pra Elza passar…
Salve a Mocidade!
Essa nega tem poder, é luz que clareia
É samba que corre na veia