Nasceu no seio da mata virgem
O destemido guerreiro Mitavaí Arandu
Foi bóia-fria e vaqueiro, falou com seu padroeiro
Fez romaria a Caruaru
Saiu do sertão distante
Veio pra cidade grande
Contra um monstro lutar
Teceu um puçá de renda
Tão bonita e verdadeira
Pro maldito apanhar
E pensando ter vencido
Nosso herói então banido
Promete um dia voltar
Ê povo, sai do marasmo
E começa a discutir
Bota a boca no trombone
Pra não ter que engolir
Porém o monstro não foi derrotado
Com filhos pra todo lado
De colarinho engomado
Mais uma vez o herói entra na guerra
Vem brigar por essa terra
E defender nosso chão
Nos deixa delegado o seguinte
Fazer a constituinte, organizar mutirão
Que é pra massa ficar acordada
Com as mãos entrelaçadas
Se unir, não dispersar
Se pensam que a pátria-mãe é leiteira
Peguem sua mamadeira
Vão mamar noutro lugar