Raiou cuara!
Oby aos olhos de quem vê!
Eu bato o pé no chão, é minha saudação
Livre na pureza de viver!
Sopra no caminho das águas
O vento da ambição!
O índio, então
Não se curvou diante a força da invasão
Da cobiça fez-se a guerra
Sangrando as riquezas dessa terra!
Cicatrizou, deixou herança
E o que ficou está em cartaz
Na passarela, estado? de amor e paz!
Siriá... carimbó... marujada eu dancei!
No balanço da morena... me apaixonei!
O bom tempero pro meu paladar
De verde e branco? treme? o povo do pará!
A arte que brota das mãos
Dom da criação, vem da natureza
Da juta trançada em meus versos
Se faz poesia de rara beleza!
Oh! mãe... senhora, sou teu romeiro
A ti declamo em oração
Oh! mãe... mesmo se um dia a força me faltar
A luz que emana desse teu olhar
Vai me abençoar!
No norte a estrela que vai me guiar
Exemplo pro mundo: pará!
O talismã do meu país
A sorte da imperatriz!