Kararaô, kararaô
O índio luta pela sua terra
Da Imperatriz vem o seu grito de guerra
Kararaô, kararaô
O índio luta pela sua terra
Da Imperatriz vem o seu grito de guerra
Salve o verde do Xingu, a esperança
A semente do amanhã, herança
O clamor da natureza, a nossa voz vai ecoar
Preservar
Salve o verde do Xingu, a esperança
A semente do amanhã, herança
O clamor da natureza, a nossa voz vai ecoar
Preservar
Brilhou a coroa na luz do luar
Nos troncos, a eternidade
A reza e a magia do pajé
Na aldeia com flautas e maracás
Kuarup é festa, louvor em rituais
Na floresta, harmonia, a vida a brotar
Sinfonia de cores e cantos no ar
O paraíso fez aqui o seu lugar
Jardim sagrado, o caraíba descobriu
Sangra o coração do meu Brasil
O belo monstro rouba as terras dos seus filhos
Devora as matas e seca os rios
Tanta riqueza que a cobiça destruiu
Sou o filho esquecido do mundo
Minha cor é vermelha de dor
O meu canto é bravo e forte
Mas é hino de paz e amor
Sou guerreiro imortal derradeiro
Deste chão, o senhor verdadeiro
Semente, eu sou a primeira
Da pura alma brasileira
Jamais se curvar, lutar e aprender
Escuta menino, Raoni ensinou
Liberdade é o nosso destino
Memória sagrada, razão de viver
Andar onde ninguém andou
Chegar aonde ninguém chegou
Lembrar a coragem e o amor dos irmãos
E outros heróis guardiões
Aventuras de fé e paixão
O sonho de integrar uma nação
Kararaô, kararaô
O índio luta pela sua terra
Da Imperatriz vem o seu grito de guerra
Salve o verde do Xingu, a esperança
A semente do amanhã, herança
O clamor da natureza, a nossa voz vai ecoar
Preservar