O poder que emana do alto da pedreira
Tem alma justiceira tem garra de leão
Senhor não deixa um filho seu sozinho
Tirando pedras do meu caminho
Vai, São Carlos
À força dos ancestrais
Pedra fundamental do Samba
Batalhas e rituais
Paredes que contam histórias
Na sede pela vitória
Sagrada, talhada, encravada no chão
Conduz meu pavilhão
Ê, roda pra lá; ê, roda pra cá
Brilha na estrada seguindo o caminho do mar
Diamantes e amores, sedução e fantasia
A riqueza dos senhores dos escravos, alforria
No verso duro a inspiração
Da serra do meu pai e meu avô
O trem que leva a produção
Das minas à tinta do grande escritor
Vem peneirar, peneirar
O garimpo traz o ouro, a cobiça dos mortais
Peneirar, peneirar
Devastando a natureza no Pará dos carajás
Da lua, de Jorge, eu vejo o Planeta Azul chorar
Atire a pedra quem não tem espelho
Quero meu rubi vermelho
Pra minha Estácio de Sá