No momento em que o sol toca o luar
Quando o entardecer roça no mar
Fecham-se portôes e abrem corações
O Arranco se põe a cantar, lá laiá, lá laiá
Pedras preciosas... riquezas em cores
No porto ouro, escravos e senhores
Somente um coração a pulsar
Piratas... esperanças e amores
Mas o tempo não levou ainda...
Aquela bondade infinda
Dos olhos da "Dona do Paço"
Os festejos e procissões...
Sacadas e lampiões... fé, pureza e cansaço
Vastos carnaveis adoçando a visão
Paraty alcança a glória... horizonte de ilusão!
Chega o progresso impedioso
Levando ouro, damas e senhores
Só não levou sua beleza...
Sua arquitetura e suas flores
Não levou a alma e nem levará
A história e tradição deste lugar
ÔÔÔ! Uiva o vento apagando lampiões
ÔÔÔ! Vento é a chama que acende recordações