Eta povo rico ribeirinho
Suas histórias de carinho
De magias e assombrações
Traz a raiz do índio feliz
Que vive nas tribos pelos chapadões
A noiva do forte guerreiro
Chorou o dia inteiro
No alto da serra
As lágrimas correram o precipício
Assim surgiu o Rio São Francisco
Diz um barqueiro que o rio adormeceu
Pra ele apareceu, a bela sereia
Era a Mãe d'Água que se penteava
Sentada na pedra e a lua brilhava
O bicho assombra essa gente
Metade peixe, meio serpente
Parece Boiúna que o barco virou
Ou mais uma lenda de pescador
Cabocla Maria Anália
Sofreu por ciúmes de um cabra canalha
Morreu engasgado comeu Surubim
Bancou valente encontrou seu fim
Nêgo d'Água é lindo seu cantar
Levando as moças pro fundo do mar
Xô pesadeira sai prá lá
Na Intendente só quero brincar
Canta Alegria do Vilar
Contos e mistérios pra contar
Faz meu carnaval bem mais bonito
Com as lendas lá do Velho Chico