Saravá, saravá
Preto velho mirongueiro
Saravá
É a luz desse terreiro
Adorê as almas, irmão café
Odara ê, Tatuapé
Incorporei
Velas acesas no sagrado cazuá
Incorporei
Mesmo cansado vou abrir meu jakutá
Saravá
Venho de longe
Adorê, ê, ê
Velas no congá
Adorê, ê, ê
Arruda e guiné benze filho de axé
Preto velho conta a saga do café
Ah meu fio vamo proseá
O café é meu irmão fruto da mãe África
Gira mundo pelo mundo girou
Vendido, trocado, pilado na dor
Chorava a senzala um canto negro ecoou
Tanacilê, tanasanã
Iná inê, tanuotã
Lerê, lerê
Na labuta do cafezal
Cresce o meu Brasil menino
Lerê, lerê
O progresso trilhou
Reluziu o ouro negro meu sinhô
Êita cheiro bom
O vento leva
Essa mironga do amanhã o que será?
Inspira arte, poesia
Emoldurando a cultura popular
Aruanda, aruanda
Eu vou me embora
Vou nos braços de Iemanjá
Mas deixo a paz e a esperança
Eu vou me embora
Vou nos braços de Iemanjá
Adeus meu fio, Oxalá mandou chamar