A vida é mesmo assim
Vamos mostrar na passarela
Quem morou e habitou
Hoje está sem teto, está sem terra
Na pré-história o homem procurava onde morar
Encontrou na natureza um lugar pra se abrigar
Mas com o passar do tempo e a falta de cavernas
Observando os animais
Que carregam suas casas
A sua ele mesmo faz
O pedreiro da floresta faz morada com ternura
Dando a inspiração pra construção e arquitetura
Lá no oriente os palácios começavam a crescer
Árabes e esquimós, um no deserto outro quase ninguém vê
E o índio brasileiro que habita a Amazônia
Em sua oca tem que se virar
Como o negro da senzala
Que via no quilombo, um lugar pra se livrar
Brasil, com seu contraste na construção
Onde uns têm muito e outros não
Vai caminhando a nação
Se moram poucos em bairros nobres
Em cortiços e favelas
Vivem uma multidão
Hoje o samba tem no Anhembi a moradia
Mora no meu coração
A São Lucas e a folia