O leite derramado
Era só o que caía
Era só o que faltava
Era só o que se ouvia
E os solos da madrugada
Que embalavam o quarto frio
Com coiotes afinados
E um choro doentio
Às vezes a saudade é o remédio
Às vezes o remédio é esquecer
Os gritos que saíram da retina
O tempo que não se pode mais perder
Às vezes a saudade é o remédio
Às vezes o remédio é esquecer
Os gritos que saíram da retina
O tempo que não se pode mais perder
As voltas do relógio
E um sorriso amarelo
Pra chegar o meu reinado
E fazer o meu castelo
Às vezes a saudade é o que resta
Às vezes o que resta é esquecer
Os gritos que saíram dos ouvidos
O tempo que não se pode mais sofrer
Às vezes a saudade é o que resta
Às vezes o que resta é esquecer
Os monstros que saíram da floresta
E o dia que demora a amanhecer
Todas as guerras declaradas
Todos os corações partidos
Vão ficar na minha sala
Na estante, bem polidos