Introdução
A linha das mãos diz
Que o nome da mulher
É um outro nome de mulher
Que devia ser mãe
Que devia ganhar mais
Que o infeliz que a usou nunca viu
Olhe bem pra mim
O que não se vê é o meu melhor
É o meu ponto fraco
Sorte do ateu
Que endeusava uma anã
Quando arriscou teve fé e ela quis
E naquela noite teve dó
Jamais havia sentido dó
Pois bateu
Quando ela pediu
Olhe bem pra mim
O que não se vê é o meu melhor
É o meu ponto fraco
E o que sou?
O filho da mulher
O dó e a fé do ateu
O gozo falso pro infeliz
Que ganhava mais que a mulher
Tenho a vida em minhas mãos
Sou amado como Deus
Ganho um pouco mais que a minha mãe
E não quero mais que tenhas dó de mim
Se eu me tornar ateu
Se eu me tornar ateu
Eu nunca mais vou descobrir
Jamais vou descobrir o outro nome da mulher
Sou um masoquista anão
Desejado pelos pés
Devo ter a sorte do infeliz
E não quero mais que tenhas dó de mim