Descalça vai para a fonte
Lianor pela verdura
Vai fermosa, e não segura
Leva na cabeça o pote
O testo nas mãos de prata
Cinta de fina escarlata
Sainho de camalote
Traz a vasquinha de cote
Mais branca que a neve pura
Vai fermosa, e não segura
Descobre a touca a garganta
Cabelos de ouro entraçados
Fita de cor encarnado
Tão linda que o mundo espanta
Chove nela graça tanta
Que dá graça à fermosura
Vai fermosa, e não segura