Quando plantar a semente
Se não me falha a memória
A gente rega trabalho E tenta colher vitória
Se tu escreve no tempo o nome disso é história
Se o tempo já tá escrito, que sefoda, vambora
Se fosse só segurança não tava la no face
Segurança é o caralho, isso é sinal verde
Como se já não tivesse
é mais um preto que desce
Só que não é de bike nem cortando a hornet
O diabo se encantou comigo
perguntou se eu sou bandido
Qual biqueira eu frequentava
e qual destino eu prefiro
Ô seu capeta eu não curto sertanejo
Vai ter Brahma e tocar zeca
na hora do meu cortejo
E tem mais, meus fatos são reais
Desejos surreais
Poder falar pra minha mãe que eu morri em paz
Intrigas tão banais tribos e tribunais
A vida que se esconde por aparecer demais
É o pescoço com corrente
de ver irmão como concorrente
opressor como inocente, artista como indigente
intolerância como moda e vagabundo
quem tá nas greves
Porque o pau que bate em silva
nunca vai bater em neves
Basta um olhar
pra passar a entender
que a vida é uma música
e o refrão a gente faz acontecer
Bumbo caixa pandeiro Palma corda e scratch
É que No rap eu sou samba
E No samba eu sou rap
Tamborim no começo Canta alto num esquece
É que no rap eu sou samba
E no samba eu sou rap
Então Senta, acende um do verdade
Uma dose de confiança e outra de sacanagem
Bobagem! Típico papo de reaça
O gosto amargo da palavra tipo quente devassa
Pensa, chamou de vitimista
E da o maior chilique
se o pivete se recusa ir a missa
Moleque, sou privilegiado, eu sei
Eu só não fecho o olho
pra quem derrama do nosso sangue
Se pra você não faz sentido
É porque só sente o gosto
do couro da bota que c lambe
Desconstrução, vida é tudo aprendizado
Tu seja livre, mulher
mostra que o mundo tá errado!
E você cura a ressaca com outra
Só que uma hora essa cachaça acaba
Cê lê o livro na visão da autora
Se a consciência não doí
cê não entendeu foi nada
Basta um olhar
pra passar a entender
que a vida é uma música
e o refrão a gente faz acontecer