Meditaçao
Gilliard
Senhor, hoje eu olho para a terra e vejo todas as
sementes por vós plantadas perecerem, olho para os
edifícios, as casas luxuosas, os aparelhos criados
para o conforto do homem, mas eu não me mudo senhor e
me pergunto:
De que adianta saber, que tudo esta com a mente
voltada para coisas bem distantes, se esquecemos de
nós mesmos senhor, de que adianta eu fazer o que fasso
na vida eu freqüentar os lugares que eu freqüento, se
na verdade apenas o meu corpo se satisfaz pois a mente
continua na mesma, entorpecida por frustrações.
De que adianta Senhor se ter a imagem de rico perante
os amigos se muitas vezes o próprio filho chora a
falta de um pão.
De que adianta Senhor tanto trabalho pra tão pouca
recompensa e tanta criatividade
pra tão pouco senso e tanto tempo pra tão pouca vida.
Infelizmente senhor de que adianta eu caminhar aos
quatros cantos do firmamento pedindo para que todos
meditem, afinal de que adiantará eu fazer uma frase
argumentando o amor, eu escrever um livro argumentando
a paz, se na verdade existem homens que são pagos para
criticar e derrubar os outros, pior ainda sente pela
perseguição e por mais que eu fale por mais que eu
cante por mais que eu grite ninguém me escutará.
E é por isso que eu vos peço Senhor, que me acolha no
seu manto de paz, e que nesse mundo de muitos mitos e
poucas adorações de muitas fantasias e poucas
realidades, fazem com que eu procuro realmente viver e
não apenas passa pela vida.
De que adianta Senhor se ter a imagem de rico perante
os amigos se muitas vezes o próprio filho chora a
falta de um pão.
De que adianta Senhor tanto trabalho pra tão pouca
recompensa e tanta criatividade
pra tão pouco senso e tanto tempo pra tão pouca vida.
Mas de que adianta. De que adianta Senhor, se ter a
imagem de rico perante os amigos se muitas vezes o
próprio filho chora a falta de um pão.