O poeta ainda vive nas ruas cinzenta da selva de pedra
Tentando entender a complexidade que é viver na selva
Da janela dos prédio da capital alguém avista a rua
Os carro passando, pessoas andando sob a luz da lua
A noite invade sem muito alarde, sobrepondo o caos
Pessoas se vêem não se cumprimentam algo natural
Semblantes risonhos que lembram
os sonhos de quem não morreu
Semblantes medonhos que lembram a dor
de quem já se perdeu
Lugar onde os seres vivem buscando sempre algo a mais
Procurando saber muito além do que se é capaz
Não adianta querer mostrar pro animal o que é racional
Não adianta querer mostrar pro humano o espiritual
Criamos maneiras de nos separar
por meio de quem nos criou
Falando de fé, só que de uma fé que nunca se unificou
Vivemos em guerra desde o começo
desde o principio de tudo
E isso só mostra o quanto nós somos leigos neste mundo
Então se entrega, se joga vai sente a brisa
Se entrega pra luz sente o gosto da vida
Então se entrega viva, viva apenas viva
Sinta a vibe no ar só sinta, sinta
Atravessei os vendavais, estrelas, litorais
Só pra compreender que viver é bem mais
Que só viver, é bem mais que existir sentir
Vai além do que ainda vários tentam insistir
Em ser em ter em querer viver
Muitos querem saber, poucos vão aprender
Nem tenta querer entender as rasuras do coração
Cada página em branco é um banquete pra frustração
Felicidade é um sonho bom se iludir pra quê?
Se quando a gente acorda tudo volta a ser clichê
O mundo quer te engolir, pessoas viraram pedra
Ostentam 51, mas julgam quem fuma erva
Valores invertidos, falso moralismo
Fazendo enxergar que o preto gera o racismo
Criando labirintos na mente dos aflitos
Deixando a liberdade apenas como um grito
Então se entrega, se joga vai sente a brisa
Se entrega pra luz sente o gosto da vida
Então se entrega viva, viva apenas viva
Sinta a vibe no ar só sinta, sinta