"O meu pai me deu coragem
Para eu vim aqui cantar
Na esquerda eu vou seguir
Na esquerda eu vou firmar
O meu pai me deu coragem
Para vir aqui cantar
Na esquerda eu vou seguir
Na esquerda eu vou firmar"
Cenas absurdas no mundo em que eu nasci
Eu já fui condenado, estou vivo ou já morri?
Um índio é queimado, um prédio que desaba
Cidades alagadas, transbordam rios de mágoas
Mentira, violência, políticas cruéis
Das mãos se vão os dedos já foram-se os anéis
Insano é esse mundo e quem é o culpado?
Eu vou chamar o exu, eu quero ser vingado!
Então escute o que eu vou te dizer
O inferno é aqui mesmo você não deve temer
Então escute o que eu vou te dizer
O inferno é aqui mesmo você não deve ter medo de morrer
Escute o que eu vou te dizer
O inferno é aqui mesmo você não deve temer
Então escute o que eu vou te dizer
O inferno é aqui mesmo
você não deve ter medo de morrer
"no mundo vago das idealidades
Afundei minha louca fantasia
Cedo atraiu-me a auréola fulgidia
Da refulgência antiga das idades
Mas ao esplendor das velhas majestades
Vacila a mente e o seu ardor esfria
Busquei então na nebulosa fria
Das ilusões, sonhar novas idades
Que desespero insano me apavora!
Aqui, chora um ocaso sepultado
Ali, pompeia a luz da branca aurora
E eu tremo e hesito em mistério escuro
Quero partir em busca do passado
Quero correr em busca do futuro. "
(insânia, augusto dos anjos)
Então escute o que eu vou te dizer
O inferno é aqui mesmo você não deve temer
Então escute o que eu vou te dizer
O inferno é aqui mesmo você não deve temer
Então escute o que eu vou te dizer
O inferno é aqui mesmo você não deve temer
Então escute o que eu vou te dizer
O inferno é aqui mesmo você não deve ter medo de morrer
Vi o mundo enlouquecer