Zarpar
O vento nas velas
Recolham a âncora
Cães do mar
Ordens dadas
Aos marujos as cegas
O medo da morte
Se espalha no ar
Todos se lembram
Das velhas lendas
Gigantes cruéis
Que abitam o mar
Tentam em vão
Não deixar perceber
O tremor dos braços
No passar das horas
Nuvens negras
Chuva de raios
Ondas imensas tentam
O navio afundar
Corvos negros voam
Em meio a tormenta
Presságio maldito
Do que virá
Gritos de horror na proa
Quando os olhos veem
Das profundezas surgir
A lenda dos sete mares
Leviatã
A face da morte
Em seus olhos
Clamando a vida
Dos homens do mar
Não pode haver vitória
Contra o dono das águas
Leviatã
Muitos tentam
Abandonar o navio
Em desespero
Tentar sobreviver
O capitão ordena
"toquem os sinos"
Carregar os canhões
A fera combater
A batalha começa
Ao som dos disparos
O monstro investe e arranca
Os mastros da embarcação
Os disparos atingem o corpo
Do colossal titã
Arrancando escamas
Fazendo sangrar
O urro estrondoso congela
De medo tô ser
Aumentaram a fúria do monstro
Não há pra onde correr