O vento ventou lá no bambuzal
Um índio escutou e achou bem legal
Teve uma ideia, cortou um bambu
E fez uma flauta de pau
O índio tocou para o Deus Tupã
A tribo gostou e ficou sua fã
Teve outra ideia, cortou mais bambu
E assim nasceu a flauta de Pan
O grande Amadeus com tal harmonia
Deu à flauta doce um tom de magia
Surgiram Rampal, São Pixinguinha
Patápio, Callado e o mestre Copinha
Mas o maior, a quem mais admiro
Foi aquele moço chamado Altamiro
Com seu canudo tocava de tudo
A vida é uma flauta com som de veludo