Todas as manchas que deixei na parede
Com meu próprio sangue
Todas as marcas e cicatrizes no meu corpo
Que ainda queimam em mim
Toda lágrima se tornou sangue ao sair de mim
Toda noite atormentado pelo medo
Que não chegava ao fim
Cada temor em errar me aprisionava e me prendia ao chão
Apedrejei a mim mesmo
Toda vez que vi minha imagem se refletir no espelho
E a escuridão me aprisionava
E me prendia num lugar terrível
Onde só quem não teme o mal
Pode resistir ao seus delírios
E em correntes invisíveis
Eu estava preso sem ter forças pra continuar
Mas de joelhos ao chão comecei a orar
Meus pedaços em destruição o senhor veio realinhar
Teu poder fez da água o vinho
Vai limpar todo sangue em mim
Arrancar a coroa de espinhos
E as correntes que me prendiam aqui