Levemente em três tempos
Duas pontas e um sol
Tantas luas escamas
Pomba gira e não cai
Atordoado e parado
Não pode amanhecer
Tanto tempo sem sol
E a mesma língua
Do começo de novo
Três e dois mais um sete
Sete pontas e a meia
Dos presentes do passado
Mas quando passa meia noite
Calma luzes aqui na praça
e tanta traça roendo todos
Esses versos vãos
(Solo)
Cinco pontos e a meia
Do presente do passado
Sete facas e o natal
Dia só muda a meia noite
Mas se só falta uma metade
A lua mingua então não serve
Mas sugo a saliva da língua de fogo
Então não falta mais... não