Nos becos, nos lares, em todos os lugares
O templo dá um tempo
Pro teu comportamento
Derrota do justo
“me diga quanto eu custo”
Na tv, rotina sem perceber
O jogo marcado com dados viciados
Na tv, morfina pro seu prazer
O réu julgado, destino sentenciado
Pessoas em confronto diários
Virando suco nos noticiários
A guerra entre as feras
Fere o encontro
E num parto doloroso
Eu vejo as marcas do teu rosto
O jeito mais certo é sempre ficar por perto
Falando ao mundo que o mundo
Vai mudar o mundo
O jeito mais certo é sempre ficar esperto
Deixando pro mundo a conta que for do mundo
Mundo computadorizado
Cérebros estacionários
O peso do outro, o cheiro da lama
Deitada na cama fazendo fama
Hei! Hei! Quem é que te engana?
Vidas servindo de almoço
Isso é que chama de fundo do poço...