Aqui no Ribeirão tem um malucão
Ele queima pau e tem um bambuzal
O nome dele é bicho do pau
Bicho do pau!
Bicho do pau!
Bicho do pau!
O Seu Alzo tem criação de formigas
Pois ele quer ter mais amigas
O Seu Alzo tem uma mania estranha
Capina o quintal, mas não mata aranha
O Seu Alzo!
O Seu Alzo!
O Seu Alzo!
O Seu Alzo cata lenha na praia
Em cada pedaço põe a hora e a data
O Seu Alzo tem uma fogueira acesa
Nunca pode apagar, porque a promessa foi feita
O Seu Alzo!
O Seu Alzo!
O Seu Alzo!
(Solo)
"Essa é a história de um homem que viveu no
Ribeirão
Ele largou sua boa vida para viver em harmonia
com os animais e com seus pedaços de madeira
que encontrava no mato ou na beira da praia
Seu Alzo era um cara muito amigo e especial
se sentia feliz morando sozinho, apenas
acompanhado do bichos e dos pedaços de madeira
Em cada objeto da rua que ele encontrava colocava
a data e hora. Ele tinha uma promessa, nunca
deixar sua fogueira apagar. Num certo dia, caiu
uma grande tempestade que destelhou sua casa e
apagou seu fogo sagrado. Duas semanas após
o fato, Seu Alzo faleceu. Mas onde quer que
ele esteja, aqui na Esporão de Bagre ele sempre
será lembrado. "
Seu Alzo!