Olha, meu pai,
Ouve bem, preste atenção,
Hoje o bombo legüero
Bate no meu coração...
Tantas vezes, já te disse...
Mas não custa repetir:
E, cantando, digo agora
O quanto gosto de ti.
Ouve, guri
Este velho que te adora,
Nosso negócio é cantar,
Não me faz chorar agora...
Qual o pai que não quer ter,
Por filho, um guri assim...
Eu sei bem que aonde vais
Nunca te esqueces de mim.
Pois é, pois é, a fruta
Não cai longe do pé...
Pois é, pois é, filho de bagre, 2X
Por certo peixinho é!
A vida passa,
E depois a gente chora...
Por isto, de quem se gosta,
Tem que se gostar agora.
E, depois, o amanhã
Pode ser tarde demais...
por isto, te digo, hoje,
Como te amo meu pai
Sabe guri,
Sempre que a tarde cai,
Eu rezo e agradeço a Deus
A graça de ser teu pai.
Quando a Gente fica velho
E precisa de auxílio...
O filho se torna pai,
E o pai se apoia no filho
Pois é, pois é, a fruta
Não cai longe do pé...
Pois é, pois é, filho de bagre
Por certo peixinho é!