Aí os caras me perguntam
"ôh éricon, porque que você não faz um rap
De amor mano, porque que você não escreve
Pra uma mina e tals"
É porque eu não tenho passado por essas fitas
Quem sabe um dia pode ser que até escreva
Hoje só escrevo aquilo que eu necessito
Antes que alguém na maldade me descreva, e diga
Esse rapaz é do mal, esse moleque é do mal
E o que ele diz, não condiz com o que é real
Alguém busca paz, eu também busco
Passou na minha frente, notei movimento brusco
E vi que tu tá parando pra ouvir
Tudo que eu tô dizendo aqui
E se eu ficar, quem fica, mas se eu for, quem vai?
O rap é pra mim, o espinafre é pro popeye, óh
Ai de mim, se eu parar com essa fita
Ai de mim se eu desistir disso daqui
Lembrando que debate é diferente de intriga
Mano não esquece que evitar não é fugir
Eu lembro, o tempo de uns moleques ideia torta
Fingiu, me enganou, fechou as portas
Vou fechar as portas, pô, eu tô de volta
Tô, eu tô de volta
E sem revolta, eu vou que vou
Eu lembro, o tempo de uns moleques ideia torta
Fingiu, me enganou, fechou as portas
Vou fechar as portas, pô, eu tô de volta
Tô, eu tô de volta
E sem revolta, eu vou que vou
O rap é forte, o beat é peso
Não é sorte, saio ileso
Rumo ao norte, o indefeso
Escuta, isso é bom
Tempo passa, mente grita
Vai com a massa, mas se irrita
Até que embaça, acredita
Que isso aqui é dom
Ei chapa, cê veio chapar de rima
Então chapou, já pode encostar
Me diz como cê tá, cuidado com os tapas
Que aqueles falsos amigos nas costas pode te dar
Rap de quebrada, com muita informação
Deus providenciou, um papel e uma caneta
Segredo de tudo é fazer de coração
E eu vou fazer o que, eu vou escrever uma letra
E hoje eu vou falar do que eu acho necessário
Guardei meus problemas todos dentro da gaveta
É rima e sentimento pra te dar disposição
E eu vou fazer o que, eu vou escrever uma letra
Eu lembro, o tempo de uns moleques ideia torta
Fingiu, me enganou, fechou as portas
Vou fechar as portas, pô, eu tô de volta
Tô, eu tô de volta
E sem revolta, eu vou que vou
Eu lembro, o tempo de uns moleques ideia torta
Fingiu, me enganou, fechou as portas
Vou fechar as portas, pô, eu tô de volta
Tô, eu tô de volta
E sem revolta, eu vou que vou
Paz!