Esse aporreado Conhaque não é história nem lenda
Vive coiceando perdiz lá nos campos da fazenda
Não dá pra recorrer campo nem trazer canha da venda
E o peão que nele monta do corpo faz a encomenda
Lá na tropilha Floresta o Conhaque é respeitado
Desafia os brasileiros e os paisanos do outro lado
Em toda festa campeira o Conhaque é convidado
E cartaz de Vacaria e até de outros estados
O Conhaque foi nascido numa noite de tormenta
Se perdeu da égua velha se criou só a placenta
Palanque que não é forte esse aporreado arrebenta
Larga fogo pelas patas e fumaça pelas ventas
Quando larga do palanque abre buraco no chão
Se pega louco na volta com fúria de um furacão
Dança tango em duas patas acena o povo com as mãos
Ginete que não se garante pra ele pede benção.