Com tanto dinheiro no mundo
Para se gastar
Quem tem muito
Muito pouco se tem
Quem não tem perde mais
Eu não vim de longe para descansar
Eu não vim de longe para morrer.
Eu vim do curral
Vivi do gado leiteiro
Que deu sustento
Pra família.
Nascia para pastar
E não para gastar
Vi o analfabeto sem afeto
Feito essa gente
Que depende da gente
Para sobreviver
Isso tudo são as coisas da terra
E é disso que faz as coisas da vida
A semear os bons frutos.
Aonde vem o homem
Vem a mulher e o filho
Tem gente que vive
Da caridade
E outros delas dá-se o pão
É as coisas da terra que morrem
Para nunca serem esquecidas.