Não há dinheiro que pague uma noite de lua no sertão
A gente vai na fazenda, pertinho da venda lá no chapadão
Fazendo uma serenata na estrada de prata junto ao capoeirão
Enquanto geme a cachoeira surrando a pedreira no fim do grotão
Ai, ai, ai, noite de lua traz recordação
Domingo as moreninhas, vão a igrejinha de pé no chão
Lá, lá, lá, lá, lá, láaa, lá
Lá, lá, lá, lá, lá, láaa, lá
Lá, lá, lá, lá, lá
Lá, lá, lá, lá, lá, lá, láaa, lá
De tarde os passarinhos procuram seus ninhos pra pousar
E o sertanejo consola na sua viola feliz a cantar
Quando nem bem escurece o caboclo vai lá no oratório rezar
Pede saúde à seus filhos e a roça de milho o sol não queimar
Ai, ai, ai...