Eu não agüento mais me calar
Vendo pelas ruas todo dia
Lutando com uma triste valentia
Crianças que nem sabe o que é brincar
Há coisas que não pode definir
Comida, dinheiro, afago ou um leito
E por nunca vencerem criam um jeito
Do bom pelo mal substituir.
Saciam em qualquer lixo a sua fome
Roubam para ter algum dinheiro
O leito é a vida a quem não tem um nome
E o afago é um estranho que lhe dá receio.
Procuramos o tempo todo a paz
E temos uma guerra sob nossas lentes
Refrão
A guerra mais fria, desonesta e voraz.
A guerra de crianças inocentes.
Mas eu vejo em suas almas de criança
Que são fortes pela força da esperança
Pois os homens que são donos desta guerra
Não lhes dão nenhuma chance em sua terra.
Estes donos das armas que destroem caladas
A qualquer ato do povo, dão suas belas risadas.
São os filhos das urnas, cujo pai somos nós.
Sua guerra é no luxo, nos deixando a sós.