Olha, chega de inocência, sai da inconsciência
O que é que você anda pondo à mesa?
Um corpo, morto, assassinado
De uma alma pega de surpresa
Na vilania de um crime abalizado
Pela mais pura humana incoerência
(pela mais pura humana incoerência
Tanto bem-estarista alegando inocência
Não existe inocente nessa mesa
Quem mata é assassino
Desperte da sonolência)
Anda, desperta logo dessa sonolência
E faça a sua escolha consciente
Mesmo que tenha que ir contra a corrente
Tire da sua vida a morte e a crueldade
Ocultas nas artimanhas da publicidade
E verá o resultado luminoso dessa experiência
(experiência que traz um resultado luminoso
Do tipo que transcende quem sou ou quem somos
Do tipo que transcende quem sou ou quem somos)
Pense: que vida pode valer mais que outra vida?
Teria acaso a divindade injusta preferência?
Ou essa imperfeição tem fonte no orgulho humano?
(é, no orgulho humano)
Deixe de lado essa vaidade descabida
Ouça o que diz a tua consciência
Agindo assim não há de haver engano
(não, não há de haver engano)
Diga, nas linhas tortas da tua religião
Será que não te ensinaram, não
Que tua busca pela luz e pela paz
Será inútil, terá sido em vão
Se não cumprires o não matarás?
(é, ações valem mais do que só palavras
Escritas em livros, não valem nada!
E quando a ação é ultrapassada
A voz não cala)
Sim, eu li nos textos, está nas escrituras
Livros sagrados de todas as culturas
E todos eles têm nos seus preceitos
Um mandamento para não matar
Que o homem fez questão de deturpar
(deturpou tudo de bom que existia lá
Por isso, unidos, vamos lembrar
Que o caminho pra paz: não matarás!)
Vem, não é difícil se tornar vegano
O amor será o teu grande argumento
Para acabar de vez com todo o sofrimento
(com o todo o sofrimento)
Dos inocentes levados a holocausto
Por um impulso coletivo insano
Que já deixou teu coração exausto
(que já deixou seu coração exausto
O caminho pra paz: não matarás!)
Chega de inocência sai da inconsciência
Desperta logo dessa sonolência
Nenhuma vida vale mais que outra vida
Não mate, não matarás!
(não matarás! não matarás!
Não matarás! não matarás!
Segunda, terça, quarta, quinta
Sexta, sábado e domingo
Não matarás! não matarás!
Segunda, terça, quarta, quinta
Sexta, sábado e domingo
Não matarás! não matarás! não matarás!)