Ouço o medo a sussurrar
sinto a sombra me envolver
olhos grandes vem sugar
e eu nada vou temer
Olhos grandes, secos, frios
por trás deles o vazio
a fraqueza é uma prisão
é agora, luz, ação!
Quantos homens se rastejam
temem sombras da verdade
homens fortes de joelhos,
dedo fraco, desespero
Caos mental geral, medo preso
Caos mental geral, medo preso
Caos mental geral, medo preso
Caos mental geral, desespero
É de noite na estação
sangue fresco, aflição
é no beco, é no bar
só a voz sussurrando
Crime, instinto, é o furor
sado-maso, céu sem cor
meus amigos vão voltar
só que eu já não vou estar lá
obsesso, possuído,
na sarjeta esquecido
álcool, sombras, pedras, gritos
qual de nós parou pra pensar
Texto do encarte: "O bang-bang da madrugada fria e sombria no porão das nossas mentes durante o medo, o desespero..."